" Cada pessoa se alimenta do que lê, do que escuta, do que vê, de tudo que recebe do mundo e incorpora a si, assim como absorve um perfume. E se torna um pouco daquilo que fala, que ouve e toca. Se suas idéias e pensamentos são partes construtivas do seu ser, cada um doa seus conteúdos ao mundo ao expressá-los através de suas palavras e gestos ".

I Ching --- Livro : Medicina Integrativa - A cura pelo equilíbrio - Paulo de Tarso Lima.



domingo, 15 de novembro de 2009

Ensaio sobre o caos

Não reclame do que está ruim porque pode ficar pior. A frase fez muito sentido na terça-feira, 10 de novembro as 22h15. A luz acabou. Eu, Varella e Jair produzíamos uma matéria no Shopping Paulista. Logo lembrei da época da escola... Quando acabava a luz era uma barato.... Mas ela logo voltava e pensei “é só uma queda de luz”. Milhões de pessoas pensaram o mesmo até que desistiram de esperar e foram procurar suas velas ou faroletes. E nós fomos para a Avenida Paulista. Uma das principais da capital.

Registrávamos tudo. Motoristas nervosos em um trânsito confuso, pedestres se arriscavando por causa da ignorância de alguns, e eu pensava no que poderia acontecer se aquela situação durasse horas ou até dias, porque não ? 60 milhões de brasileiros estavam no escuro. Alguns estavam em elevadores, outros em hospitais, milhares de estudantes buscavam alternativas a pé, já que o metrô parou e a frota de ônibus não dava conta, roubos e descontroles.
No instante que ouvi o silencio da falta de energia elétrica ouvi o som do medo. E eu fiquei com medo, mas tinha uma missão. Precisa registrar para os que assistiriam a Band no dia seguinte, e precisava informar horas depois para poucos estados que não foram atingidos.
As pessoas estavam em pânico. Não estou exagerando. Eu vi, ouvi e informei a elas o pouco que sabia. Sem transporte, telefone e luz, as pessoas perdiam a paciência e ganhavam o desespero. Lembrei do livro Ensaio sobre a Cegueira. Sim, a sociedade está condicionada e qualquer coisa que aconteça fora do padrão desorienta as pessoas. Os geradores que iluminavam poucos e faziam sobreviver outros no hospital também poderiam parar.
4 horas depois encontrávamos um ônibus elétrico em uma das ruas da Mooca. Parado. Os passageiros estariam caminhando em busca de luz e em busca da “ normalidade ”.

O rádio foi nosso orientador. Ouvíamos a Rádio Sulamérica Transito e prestava atenção nas palavras de Daniela Florenzano. Objetivas e auxiliadoras. Registro agora, dias depois, o trabalho impecável dela e da outra Dani, a Gandolfi, que produzia do estúdio. Reconheço também o trabalho dos locutores da CBN e da BandNewsFM. Eles foram nossa luz. Quem estavam no carro ou os que não abandonaram suas pilhas puderam ouvir as informações do que até hoje não foi explicado. Pelo menos decentemente.


Assista o momento do blecaute, veja o que eu ví e a entrevista com especialista sobre Energias no Brasil.
http://bandnewstv.band.com.br/conteudo.asp?ID=220048&CNL=20
http://bandnewstv.band.com.br/conteudo.asp?ID=220679&CNL=20
http://bandnewstv.band.com.br/conteudo.asp?ID=219980&CNL=20
http://bandnewstv.band.com.br/conteudo.asp?ID=220677&CNL=20

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