" Cada pessoa se alimenta do que lê, do que escuta, do que vê, de tudo que recebe do mundo e incorpora a si, assim como absorve um perfume. E se torna um pouco daquilo que fala, que ouve e toca. Se suas idéias e pensamentos são partes construtivas do seu ser, cada um doa seus conteúdos ao mundo ao expressá-los através de suas palavras e gestos ".

I Ching --- Livro : Medicina Integrativa - A cura pelo equilíbrio - Paulo de Tarso Lima.



sábado, 26 de julho de 2008

Os homens são de Marte e é pra lá que vou !

Sensacional ! Toda mulher deve assistir !

Teatro lotado, muitos casais, amigas e afins. Do começo ao fim a risada é garantida. Se vc não se identifica, com certeza lembrará de alguma amiga....


bom final de semana !

quarta-feira, 23 de julho de 2008




Assista Raul Gil - Domingo 27/07 as 18h !
Esta será a 4 ª participação no programa como jurada.
ADORO o Raul, sua equipe inteira é atenciosa com todos e pra quem pensa que é fácil falar dos calouros... alou !
Uns estão mais preparados que outros, mas é normal me emocionar com eles. Todos são muito bons. Um voto, uma palavra de apoio é o que todos esperam e é muito complicado escolher um só! Emoções a parte o programa é uma alegria !

domingo, 20 de julho de 2008

HOJE !

Palestra de Brian Dyson
(ex-presidente da Coca-Cola Co.)

'Imagine a vida como um jogo, no qual você faz malabarismo com cinco bolas que são lançadas no ar... Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito.
O trabalho é a única bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima. Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificadas.
Entendam isso e assim conseguirão o equilíbrio na vida'.

Como?

Não diminua seu próprio valor comparando-se com outras pessoas.
Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial.
Não fixe seus objetivos com base no que os outros acham importante.
Só você tem condições de escolher o que é melhor para si próprio.
Dê valor e respeite as coisas mais queridas de seu coração.
Apegue-se a ela como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido.
Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro.
Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de sua vida.
Não desista enquanto ainda é capaz de um esforço a mais.
Nada termina até o momento em que se deixa de tentar.
Não tema admitir que não é perfeito.
Não tema enfrentar riscos. É correndo riscos que aprendemos a ser valentes.
Não exclua o amor de sua vida dizendo que não se pode encontrá-lo. A melhor forma de receber amor é dá-lo. A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio. A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas. Corra atrás de seu amor, ainda dá tempo!
Não corra tanto pela vida a ponto de esquecer onde esteve e para onde vai.
Não tenha medo de aprender. O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega f acilmente.
Não use imprudentemente o tempo ou as palavras. Não se pode recuperar uma palavra dita.
A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo.
Lembre-se: Ontem é história.
Amanhã é mistério e
HOJE é uma dádiva. Por isso se chama 'presente'
.

Nós versus Eles, por Wagner Belmonte




I Encontro Estado para Professores de Jornalismo

Nós versus Eles


Chega a ser "curiosa" a distância que existe entre o jornalismo diário, aquele que o mercado exige, e o acadêmico, pretensamente mais conceitual. Reconhecê-la e buscar a aproximação é o primeiro passo no sentido de fortalecer a Academia para que seja dado ao mercado o respaldo que ele espera dela. A busca pelo diálogo e a queda dessa fronteira são passos sólidos para que os dois lados se desarmem, num feedback que os gestores de RH batizaram de "avaliação 360 graus", talvez o legado, bastante maduro - se também reflexivo-, dessa proposta.


Nove entre 10 executivos de Recursos Humanos de grandes empresas dizem que a formação profissional, hoje, ocorre, no jargão deles, predominantemente in company. Com o apoio de um eufemismo um tanto quanto elegante, como todos os eufemismos, eles querem dizer que as faculdades não cumprem a missão que lhes é atribuída. Em tempo: há quase 10 anos, entrevisto gestores, diretores de RH, presidentes de companhias e gurus de administração para o site de uma empresa de Recursos Humanos. E, claro, há exceções que o mercado consagrou e adotou como referência: economia, direito e engenharia na USP, administração, na FGV, publicidade na ESPM, direito e psicologia na PUC, entre outros tantos bons exemplos, como o ITA, em São José dos Campos, e a Esalq, em Piracicaba.


Exceção feita à editora-chefe da Rádio Eldorado, Filomena Salemme, todos os demais palestrantes falavam para os professores de jornalismo na terceira pessoa do plural, mas com um "tom" que remetia mais a uma conversa com professores do que a um contato com "jornalistas propriamente ditos". Havia como interpretar, em determinados trechos, que os professores de jornalismo não são jornalistas nas prerrogativas que a liturgia mercadológica exige, pelo menos na visão de quem está na redação de um produto diário. Alguns professores, por sua vez, também se referiam em suas questões aos jornalistas que comandam as redações do Grupo Estado como se eles fossem profissionais realmente distantes do cotidiano acadêmico, como se exercessem outra profissão. Não há nisso uma crítica, mas uma constatação que ratifica o que se afirma aqui.O primeiro a falar foi Ricardo Gandour, diretor de conteúdo editorial. Ele discutia o futuro dos jornais e do jornalismo como um todo. "Os jornais podem acabar; jornalismo, não", disse, numa alusão às recorrentes tendências que apontam que a mídia impressa poderá ser tragada não mais pela globalização, antes impiedosa, mas por um processo de convergência de mídias acentuado pela inclusão digital.


Philip Meyer, em 92 (tenho dúvida se não foi em 93), deu uma palestra no mesmo auditório do Estadão. Professor da Universidade da Carolina do Norte (EUA), ele apresentou uma discussão ética cuja base foi o seu livro, A Ética no Jornalismo. Meyer, há 16 (talvez 15) anos, dizia que o espaço para textos nos jornais seria cada vez menor. E que o leitor exigiria brevidade, o que não significa superficialidade (Acho que todo jornalista deve ficar profundamente incomodado com esse rótulo de que somos "especialistas" em tudo e, portanto, "um oceano de conhecimento com um dedo de profundidade", como disse o correspondente venezuelano Omar Lugo, que cobre o Brasil para o seu país a partir do Rio de Janeiro, numa palestra, há dois anos, na Unisa.). A repórter Cleide Silva, por exemplo, cobre o dia-a-dia da indústria automobilística para o Estadão. Há muito tempo, ela "vive" de um acompanhamento sistêmico e bem feito desse mercado. Marli Olmos, que foi do Estado, faz o mesmo para o Valor Econômico. E tão bem quanto. Ambas têm respeito, acesso às fontes e contextualizam bem um setor economicamente tão importante/poderoso.

Quanto maior for a especialização e a profundidade do conhecimento em determinado assunto, simples assim, melhor será a cobertura. Qual a novidade? Se é tão óbvio, por que as rádios, por exemplo, insistem no profissional heterogêneo que cobre o caso Isabella, o investment grade e a Bolsa com a diferença de uma semana? Gandour citou que a The Economist, há dois anos, estampou: "Quem matou os jornais?" e que, hoje, efeito desse novo jornalismo para uma sociedade que corre contra o relógio, "o tempo para o debate é menor e a produção instantânea da informação leva ao caos". A editora-chefe do Jornal da Tarde tentou explicar o "Sobrenatural de Almeida", imortal personagem de Nélson Rodrigues: como o Jornal da Tarde, aquele que em 17 de abril de 1984 deu uma foto do comício de 1 milhão na Praça da Sé, "sem texto nenhum como manchete principal", se é que isso existe, virou o novo JT? Aquele JT, em 26 de abril do mesmo ano, estamparia na primeira página um luto nacional pela rejeição da Emenda Dante de Oliveira no Congresso... Aquele JT, do "Barcelona, 5 de julho de 1982 (quem se esqueceu da tragédia do Sarriá?), ousado, editorialmente sagaz, pulsante... Hoje, disse ela, os tempos são outros, sem margem para a nostalgia. E as pesquisas respaldam esse jornal pelo qual o personagem de uma matéria é o ponto de partida para explicar o contexto macro dela, como faz o JT atualmente. A pesquisa de mercado "pauta" um produto jornalístico. E por que não ensinamos isso nas nossas faculdades? Deveríamos? Será possível não aprender com isso, prescindir dessa ferramenta? Quando o foco é o desenvolvimento do produto, o jornalismo não perde uma de suas funções mais precípuas, ser um fórum para a discussão pública que leve à cidadania, que colabore na formação de uma consciência coletiva crítica?
Roberto Gazzi discorreu sobre as mudanças no Estadão. E explicou que o jornal tem mais questões sobre o seu dia-a-dia do que respostas. Antes dele, o professor Carlos Alberto Di Franco, da Universidade de Navarra, pontuou como funciona o conselho editorial que, formado por profissionais de outras redações do Grupo, propõe críticas e sugestões a cada edição.
A tarde terminou com Filomena Salemme, da Eldorado. Como fazer jornalismo radiofônico de qualidade por 50 anos (a Eldorado completa 50 anos em 2008) com uma equipe enxuta? Iniciativas pioneiras, como o "Ouvinte-Repórter", claro, foram questionadas. Entregar a credibilidade a um ouvinte que relata algo oferece riscos editoriais? Se sim, quais? O bônus vale o ônus? A discussão é velha. A Eldorado surpreendeu também com o Bike Repórter, outro ponto apresentado e que parece bastante interessante.
Nesta sexta, Suely Caldas, autora de Jornalismo Econômico, da Editora Contexto, será uma das palestrantes. É dela uma matéria premiada (Esso) sobre o Esquema PP. Na pauta, o apadrinhado do ex-presidente José Sarney e seu meio de traficar influência na Nova República. O que será que o Roberto Teixeira acharia de uma pauta assim 20 anos depois?
Além dela, Lourival Sant'Anna e Roberto Godoy, craques da reportagem. Godoy, por exemplo, especializou-se em indústria bélica e "sobreviveu" num País que não tem tradição em guerras.
Também estão previstas apresentações de Marco Chiaretti e Renata de Freitas, do portal estadao.com.br e da Agência Estado, respectivamente. Certamente, eles falarão de tendências e da necessidade de que um texto na internet seja breve, ou seja, contrário àquilo que fiz aqui.
Em síntese, é admirável e interessantíssima a iniciativa do jornal O Estado de S. Paulo, que promoveu nesta quinta-feira, 26, o I Encontro Estado de Professores de Jornalismo.


Texto retirado do blog do jornalista e amigo Wagner Belmonte