Nos bastidores

Carta Capital. Premiação das empresas mais admiradas do Brasil com discurso do presidente Lula. Significa o não acesso a áreas do evento e um diz que me diz danado. Um chiqueirinho para os ameaçadores jornalistas e mais um pouco do de sempre. (Nesse espaço limitado estavam entre outras empresas de comunicação além da Band: Agencia Estado, Globo, Terra e Jovem Pan). Assessorias enlouquecidas e pouca informação. O surto de algumas pessoas quando perguntamos o óbvio ainda me espanta. Por exemplo, se haverá coletiva, se poderemos salvar o VT com alguma sonora pertinente dos convidados, ou até se poderemos nos aproximar de algum deles.... mas o repórter sabe esperar e não reclama, pacientemente. Mas... preciso ir ao banheiro, e acompanhada por alguém da assessoria, posso atravessar o salão que os deuses do Olimpo estão.
Até que meus olhos provocam instantaneamente uma raiva inexplicável. Eu vejo algumas pessoas de alguns programas que cobrem eventos apenas “enaltecendo” o entrevistado. Essas pessoas não estão preocupadas com a notícia e sim com o sorriso amarelo ou bem clareado. Pensei, a chacota é mais importante que a informação. Fiquei arrasada. Enquanto todos os jornalistas que estavam pautados para produzir conteúdo econômico, naquela noite, estavam acessando seus smartphones para saber se o encontro com o presidente da Vale Roger Agneli com Lula tinha rendido, etc, os reis do entretenimento barato e fácil estavam lá, no saguão proibido para jornalistas perigosos que poderiam provocar algum constrangimento aos convidados. Esses programas não me incomodam. É só desligar a TV ou procurar algo mais útil a fazer. O que me deixou profundamente perturbada foi a discriminação. Somos tão perigosos assim ?